De acordo com dados do último estudo da Informa D&B sobre o tema, apenas 30% das funções de gestão nas empresas portuguesas são asseguradas por mulheres e esta percentagem desce para 27% quando se fala em gestão de topo, ou seja, cargos de presidência de conselhos de administração ou gerência. A evolução nos últimos anos tem sido pouco significativa. No período entre 2017 e 2023, houve a registar o crescimento de apenas um ponto percentual em cada um dos casos.

As empresas cotadas e as empresas públicas foram as que, por via do quadro regulamentar sobre a representatividade das mulheres nos cargos de gestão, registaram evoluções mais rápidas.

O estudo revela que, nas empresas cotadas, a presença de mulheres com poderes de decisão cresceu 15%, passando de 12,2% em 2017, para 27,3% em 2023, apesar dos dados mostrarem que em 2023 ‘havia ainda 20% de empresas cotadas sem qualquer mulher nos seus cargos de gestão.’

Relativamente ao setor empresarial do Estado, em 2023, 82% das equipas de gestão eram mistas, um valor que representa um crescimento de 11% face ao ano de 2017.

Em termos setoriais, os serviços são a atividade que apresenta o maior nível de representatividade feminina em funções de gestão (43%), logo seguida pelos setores do retalho, alojamento e restauração (33%), e a atividade imobiliária e os serviços empresariais  (31%).

As tecnologias de informação e comunicação e os setores da energia, ambiente e construção são as atividades que apresentam menores percentagens de mulheres em cargos de gestão.

Desafios para as PME

A transição para modelos de negócio baseados em fatores ESG (boas práticas ambientais, sociais e de ‘governance’), alinhada com o quadro regulamentar europeu decorrente dos objetivos da Agenda 2030 e das prioridades em termos de Finanças Sustentáveis, traz exigências acrescidas às grandes empresas e empresas cotadas, que passaram a ter que se responsabilizar pela conformidade de todas as suas cadeias de fornecimento.

Mas as PME, especialmente as de perfil exportador, deverão estar preparadas para responder aos impactos que, por esta via, a nova regulamentação trará necessariamente às suas atividades e acelerar a adaptação do seu negócio aos princípios da sustentabilidade.

Para as empresas que estão agora a começar o seu caminho nesta área, o IAPMEI disponibiliza uma ferramenta de autodiagnóstico para PME, que lhes vai permitir identificar áreas de intervenção que precisem de melhorar em termos de alinhamento com os objetivos ESG.

Faça aqui o autodiagnóstico ESG da sua empresa.
Ou
Consulte o espaço de conhecimento do IAPMEI sobre o tema ‘ESG e Finanças Sustentáveis’.