Num contexto em que o desempenho não financeiro está a ganhar importância na avaliação dos negócios, o estudo revela que apenas 9% das empresas tem um score ESG elevado e que este varia com a dimensão e o setor de atividade em que as empresas atuam.

Em termos globais, 22% das empresas analisadas apresenta um score ESG num nível médio-alto, 38% num nível médio, 21% num reduzido, e 10% posiciona-se num nível mínimo.

Das três áreas ESG, a componente ‘Social’ é a que reúne maior percentagem de empresas de score elevado e médio-alto, representando 33% do total.

Ao nível da atividade, os serviços mobilizam a maior fatia de empresas com score ESG elevado (14%) e a menor com score mínimo (4%). Este setor apresenta ainda 29% das empresas com níveis de score ESG médio-alto e 15% com score reduzido. A agricultura e outros recursos naturais, por oposição, apresentam 16% de empresas com score mínimo e apenas 5% com score elevado.
 

Melhor score ESG associado a melhor desempenho económico

No conjunto das empresas com score ESG elevado, a grande maioria (quase 90%) apresenta resultados líquidos positivos, e esta percentagem vai decrescendo à medida que desce também o score ESG. Esta relação é igualmente válida para o volume de negócios, ou seja, quanto maior é o score ESG, maior é a percentagem de empresas com crescimento do volume de negócios.

O estudo revela ainda que há uma relação direta entre a dimensão das empresas e o score ESG, que apresenta níveis superiores nas empresas maiores. Nas médias empresas, cerca de três quartos tem um score ESG médio-alto ou elevado, enquanto nas microempresas, apenas 29% atinge este nível.

O score ESG é um indicador criado pela Informa D&B, que nos dá a ‘posição de cada empresa relativamente ao seu setor, tendo por base variáveis como as práticas em relação aos recursos ambientais, os compromissos sociais com os seus próprios colaboradores, os seus fornecedores, clientes e a comunidade em geral, assim como a transparência financeira e da comunicação da empresa com as autoridades e com os restantes stakeholders.’

O estudo analisou cerca de 237 mil PME e microempresas.
 

Ferramenta de autodiagnóstico ESG do IAPMEI

Para as empresas que estão agora a dar os primeiros passos na transição para a sustentabilidade, perceber o seu ponto de partida em termos de alinhamento com os fatores ESG é fundamental, para que possam identificar áreas de intervenção prioritárias nestas vertentes.

Para facilitar este processo, o IAPMEI criou uma ferramenta de autodiagnóstico ESG para PME, que proporciona às empresas, de uma forma simples, a recolha de informação sobre o seu posicionamento, face às exigências do quadro regulamentar europeu neste domínio, e que lhes pode ser útil nas ações de reflexão e capacitação interna para o tema, que vierem a realizar.

Faça aqui o autodiagnóstico ESG da sua empresa.
Ou
Consulte o espaço de conhecimento do IAPMEI sobre o tema ‘ESG e Finanças Sustentáveis’.