Boas notícias para Portugal no dia em que o Jornal Público divulga dados do Eurostat que dão conta de que as empresas portuguesas ocupam o 2.º lugar do ranking das empresas europeias que mais incorporam Inteligência Artificial nos seus processos, ultrapassado apenas pela Dinamarca.

A mesma notícia revela que a proporção de empresas que usam pelo menos uma tecnologia nos EUA é de 78%, enquanto a União Europeia se fica pelos 66%.

De acordo com a análise do Banco Europeu de Investimento, estas diferenças estão ligadas a múltiplos fatores, sendo que um dos que merece destaque é a diferença de volume de investimento empresarial em I&D.

O PRR, nas suas componentes C5 – Capitalização e Inovação Empresarial e C16 – Empresas 4.0, dispõe, em conjunto, de 1.580 milhões de euros de investimentos que poderão contribuir para, por um lado, aumentar a competitividade e a resiliência da economia com base em I&D, inovação, diversificação e especialização da estrutura produtiva e, por outro, promover a digitalização da economia, através da adoção tecnológica por parte dos operadores económicos e pela digitalização dos seus modelos de negócio e capacitação de recursos humanos.

De acordo com Francisco Sá, Presidente do IAPMEI, «esta é uma oportunidade única para ultrapassar algumas das debilidades que têm limitado a competitividade das empresas. São debilidades que já conhecemos e são, em grande medida, estruturais, o que releva ainda mais o quanto esta oportunidade é importante.»

«Espera-se assim que as empresas respondam a este desafio, sob pena de podermos ter empresas menos competitivas em atividades de menor valor acrescentado, o que se refletiria em menores níveis salariais e condições de vida mais difíceis para todos».